It’s me, yet no one sees.

 andam por aí a achar que sou aço,

que nada me quebra,
que tudo me cresce fácil nas mãos.


falo alto, rio alto, ando como quem sabe.
mas ninguém vê o esforço —
as noites em que me desfaço,
as vezes em que quase desisto
porque alguém brilhou mais do que eu.


basta um gesto, um silêncio,
e fico pequena,
vazia, a querer fugir daquilo que sinto.


dizem que tenho presença,
mas por dentro sou ausência.
um lugar onde ainda não cheguei.

e sim, continuo.
porque se há coisa que sei fazer,
é parecer que estou bem.

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