the melody of my emptiness

 Habito num palácio de silêncio,

onde o eco é meu companheiro fiel,

e cada sombra é um reflexo

do que fui, do que sinto, do que nunca serei.


Os jardins ondulam sob ventos calmos,

mas as folhas caídas sussurram verdades..

Verdades essas que escolho não ouvir.

Aqui, o tempo não é uma linha, mas uma espiral,

e eu, prisioneira de mim mesma,

danço entre o ontem e o talvez.


A melancolia não me assusta.

é a mulher de vestido negro que me guia,

de passos medidos e olhar insondável,

murmurando segredos que só a minha alma entende.


Não corro das sombras do bosque,

elas não me causam qualquer tipo de sensação 

elas são os meus espelhos distorcidos,

os meus medos encarnados,

o meu amor por aquilo que não posso controlar.


Há um conforto no toque frio do desconhecido,

no peso suave de cada dúvida que carrego.

Sou a criadora deste reino onírico,

onde cada corredor leva à verdade de que

a melancolia não é um estado, é a essência.

A minha essência, a minha verdade.


E assim, aceito o vazio como plenitude,

o desespero como arte,

a escrita como esperança 

a solidão como minha amante.

No meu palácio de ideias,

o choro é a melodia,

e a melancolia, um trono onde descanso.

um trono que diariamente frequento.

Não por necessidade, mas sim por escolha.


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